segunda-feira, 21 de março de 2011

Critérios de julgamento nos Canários de Cor

Fonte: José Ferreira (Juiz OMJ - Canários de COR)

* LIPOCROMOS
- Os canários de cor lipocromica ( sub plumagem branca), têm a particularidade de possuírem o factor de inibição das melaninas e são julgados por “VARIEDADE e CATEGORIA”.
1 – VARIEDADE (Lipocromo)

Este termo refere-se à cor lipocrómica possuída pela ave a examinar pelo Juiz. As variedades reconhecidas pela COM, são distribuídas por seis cores:
A) Expressão lipocrómica máxima – Amarelo e Vermelho;
B) Inibição parcial do lipocromo – Branco Dominante;
C) Inibição total do lipocromo – Branco Recessivo;
D) Diluição do pigmento lipocromino (Mutação) – Amarelo Marfim e Vermelho Marfim.


A) Amarelo e Vermelho – Para julgar estas duas variedades temos de considerar o grau de pureza, teor quantitativo e a uniformidade do lipocrómo que a ave possui. Devemos preferir os canários que apresentem uma pureza perfeita do lipocrómo, acompanhada duma expressão máxima e de uma uniformidade total na cor. Na variedade Amarelo, devemos sempre de preferir a tonalidade limão.
B) Branco Dominante – C) Branco Recessivo – Existem três espécies de Branco, o Branco Recessivo, Branco Marfim e Branco Dominante – Para os brancos em geral os critérios de julgamento “Variedade” e “Categoria” são agrupadas estas duas rubricas, considerando a pontuação máxima global de 55 pontos, segundo os critérios da COM.

C) Amarelo Marfim e Vermelho Marfim – Para julgar estas duas variedades, temos que ter em conta o grau de pureza, a diluição e a uniformidade do lipocromo. Temos que preferir exemplares que apresentem um grau de pureza lipocromico perfeito, uniformidade e diluição máxima.
2 – CATEGORIA
Este termo refere-se à repartição do lipocromo, determinado pela natureza e à estrutura da pena.
* CATEGORIAS RECONHECIDAS
o A) Intenso;
o B) Nevado;
o C) Mosaico.

A) Intenso – Aqui as aves não podem apresentar nenhuma marca de formação de Nevado, o pigmento lipocromo deve estender-se até à extremidade da pena.
B) Nevado – Devemos preferir as aves cuja escamação (nevado) seja nítida, curta e uniforme por todo o corpo da ave.
C) Mosaicos – Macho (Tipo 2) – Os preferidos são as aves que apresentem uma mascara bem definida, delimitada com localização lipocromica intensa nas zonas de eleição (mascara, encontros, rabadilha e peito, com os olhos situados no interior da máscara, fazendo lembrar o pintassilgo. As remiges devem ser o mais branco possível, rabadilha bem colorida e delimitada, com o peito a mostrar por transparência uma zona colorida e bem separada da máscara e dos flancos e baixo-ventre branco, cor de giz.
Fêmeas (Tipo 1) – Devemos preferir as aves que apresentem uma localização lipocromica intensa e bem delimitada nas zonas de eleição (linha dos olhos, ombros, rabadilha, sendo o resto do corpo de cor branco giz.
NB: No que diz respeito aos canários melanicos a categoria mosaico, vai influenciar o desenho:
- Estrias melanicas na cabeça;
- Lipocromo ausente nas inter-estrias.

* FACTOR INO OU SATINÉ
Todos os canários lipocromos INO ou SATINE têm olhos vermelhos. Esses exemplares devem ser julgados com os mesmos critérios dos restantes lipocromos.
* CRITÉRIOS DE JULGAMENTO NAS MELANINAS CLÁSSICAS
* MELANINAS: A melanina é constituída por pigmentos escuros (negros ou castanhos) que se encontram em certas células dos vertebrados, à qual se deve a cor da pele, cabelos e penas nas aves.
Nos canários podemos encontrar três tipos de melanina: Eumelanina negra, Eumelanina castanha e Fhaeomelanina.
Os canários de cor melanica (Sub-plumagem pigmentada) serão julgados por “TIPO” – “VARIEDADE” – “CATEGORIA”. No que diz respeito à VARIEDADE e CATEGORIA os critérios serão proporcionalmente os mesmos que são adoptados para os lipocromos.
No que diz respeito ao TIPO define a natureza e o grau de pigmentação das melaninas do exemplar.
* TIPOS OU SÉRIES RECONHECIDOS PELA COM
* Melaninas oxidadas
* 1) Negro;
* 2) Castanho.

* Melaninas Diluídas
* 3) Ágata;
* 4) Isabel.

1) NEGRO – Existem na variedades Branca, Amarela e Vermelha, com a possibilidade do Marfim - Estes canários apresentam uma máxima oxidação dos pigmentos melanicos. A oxidação do Negro manifesta-se nas patas, unhas e bico. As penas dos ombros, asas e cauda devem ser fortemente coloridas de negro, as costas, flancos e cabeça devem apresentar estrias pretas sobre um fundo fortemente oxidado.
2) CASTANHO – Existem nas variedades Amarelo, Branco e Vermelho, com possibilidade do factor de diluição do Marfim. Estes canários, transformam a eumelanina negra em eumelanina castanha, dando origem ao pigmento melanico castanho completamente oxidado, ou seja nas tonalidades e expressões máximas, característica do facto de desaparecer o pigmento preto.
3) AGATA – Existem nas variedades de cor Branco, Amarelo e Vermelho, com a possibilidade do Marfim.
4) ISABEL - Este tipo de exemplares não provêm de nenhuma mutação propriamente dito, mas sim de uma combinação do Castanho e do Ágata, que, mediante um fenómeno genético denominado “crossing-over”deu origem a estes exemplares.

Desenho idêntico ao tipo Negro, constituído pelas estrias dorsais que partem do cimo das costas e estendem-se até às grandes penas, cobrindo as asas. Ao contrario do Negro, a cor das estrias é castanha, as marcas das remiges são as penas acentuadas, estrias bem marcadas e simétricas nos flancos que deverão ser da mesma cor tonalidade melanica que as costas, cabeça e peito. Expressão máxima da melanina eumelanina castanha.
As características típicas do Ágata, são a presença simultânea do pigmento melanico negro diluído, devendo apresentar uma margem cinzenta-pérola nas extremidades das retrizes e remiges, estrias nas costas, flancos e bigodes, junto às mandíbulas. Devemos ter em atenção que a diluição no Ágata varia entre largos limites, podendo transformar-se gradualmente para uma oxidação exagerada, com unhas e bicos um pouco oxidados, característica atípica do ágata, penalizante nos julgamentos.
Nos Ágatas as marcas de diluição devem ser bem visíveis, essencialmente nos rebordos das penas, estas devem ser claras, cor de cinza, devendo desaparecer a eumelanina castanha, existindo a concentração máxima do negro.
As estrias nas costas e flancos devem ser bem marcados e simétricos. O desenho na cabeça é muito importante no Ágata, sendo constituído por uma calota preta nos intensivos, cinza escuro nos nevados e por estrias finas e curtas no mosaico.
As sobrancelhas devem ser privadas de melanina, apresentando a concentração máxima de pureza do lipocromo, devendo apresentar bigodes com a concentração máxima de melanina bem visíveis, as patas unhas e bico, serão de cor de carne e as inter-estrias, devem apresentar uma boa expressão de lipocromo, excepto nos mosaicos.
As características típicas da Isabel são o de apresentar apenas a eumelanina castanha fortemente reduzida por um factor de diluição. Esta diluição deve ser uniformemente visível sobre o manto sem manchas claras em determinados pontos, tais como nos flancos ou extremidades das remegis e rectrizes.
O dorso deve apresentar um desenho (estrias) como do tipo Ágata, curtas e finas, com uma ligeira marcação nos flancos. A inter estria deverá permitir a expressão do lipocromo.
O Isabel apresenta-se nas cores lipocromicas branco recessivo, branco dominante, amarelo, amarelo marfim, vermelho e vermelho marfim na categoria Intenso, nevado e Mosaico, o bico, patas e unhas são de cor clara e os olhos são pretos.
O Isabel poderá ser afectado pela mutação satiné, possuindo um desenho melanico perfeitamente marcado. Este desenho é formado por eumelanina castanha com um desenho idêntico ao Isabel e ausência total de feomelanina. Deverá apresentar entre o desenho um lipocromo de fundo completamente limpo e luminoso. O subplumagem é de cor bege claro, o bico, patas e unhas são de cor clara e os olhos são vermelhos.
* NAS SÉRIES NEGRO, CASTANHO, AGATA E ISABEL, FACTORES DE DILUIÇÃO QUE DERAM ORIGEM ÀS SEGUINTES MUTAÇÕES:
* - NEGRO – Negro Pastel, Negro Opala, Negro Topázio, Negro Eumo e Negro Ónix;
* - Castanho – Castanho Pastel, Castanho Opala, Castanho Eumo e Castanho Ónix;
* - Ágata – Ágata Pastel, Ágata Opala, Ágata Topázio, Ágata Eumo, Ágata Ónix;
* - Isabel – Isabel Pastel e Isabel Opala, (A mutação Isabel Opal não é julgada em exposições dado o grau de diluição apresentado fénotipicamente fazer parecer que se trata de uma ave lipocromica).
* NOTA: O factor pastel asa cinzenta só actua sobre as aves da série negra. E o factor satiné só actua sobre as séries diluídas (ágata e Isabel).
* Negro Pastel – Existem nas cores lipocromicas, Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A mutação pastel caracteriza-se por uma redução das eumelaninas e a dispersão da phaeomelanina. Esta diluição modifica a totalidade do desenho e transforma o negro em cinzento antracite, não podendo haver descoloração nas remiges e rectrizes. As estrias devem ser diluídas, finas e curtas. O bico, patas e unhas, devem ser uniformes, de uma só cor e o mais escuro possível.
* ASAS CINZENTAS - O negro pastel “ Asas cinzentas” caracteriza-se por uma super diluição da parte média da pena, com concentrações de eumelanina negra localizado nas extremidades das regiges e retrizes. As marcas claras de diluição, situam-se em todas as penas, apresentando nas costas um desenho em forma de lunulas de cor cinza pérola e localizações negras em forma de grão nas estremidades. Sobre as remiges e retrizes a diluição da parte central e a concentração da eumelanina negra nas extremidades das penas, deixam aparecer um negro evidente associado a um cinza pérola. A extremidade negra das remiges deve ser bordada com uma orla com o máximo de um centímetro, sendo ligeiramente inferior esta orla nas retrizes. As patas, unhas e bicos devem ser de cor uniforme e o mais escura possível.
* Castanho Pastel – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A acção da mutação pastel exercida sobre o canário castanho clássico, dá origem a uma notável redução na estrutura fhaeomelanica e à dispersão da eumelanina castanha, apresentando nestes canários uma cor castanha escura por todo o corpo, com expressão mínima no desenho, e as remegis e rectrizes a apresentarem um determinado grau de diluição, apenas os intensos apresentam desenho. O bico, patas e unhas devem ser de cor de pele e a sub plumagem é de cor castanha
* Ágata Pastel – Quando a mutação pastel aparece sobre um canário ágata a débil estrutura fhaeomelanica deste é sensivelmente reduzida, com tendência para desaparecer, dando origem aos exemplares considerados óptimos. Estes canários possuem unicamente uma estrutura melanica negra com uma aurelea de diluição, produzida pela mencionada ausência total da fhaeomelanina, sendo esta diluição bastante acentuada nas remiges e rectrizes, apresentando uma cor com o tom cinza pérola. O bico, patas e unhas devem ser de cor de pele, sendo a sub plumagem cor cinza.

* Isabel Pastel – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. As características típicas são o de apresentar um pigmento melanico castanho fortemente diluído até completo desaparecimento do desenho, devendo este ser apenas perceptível. A presença do factor óptico associado à diluição favorece o aparecimento de um ligeiro desenho nos intensos e mosaicos. O bico, patas e unhas devem ser cor clara, com a sub plumagem bege muito claro.
* OPALA – Este carácter aparece por mutação genética, modificando a estrutura da pena e tranforma os grânulos de eumelanina negra em cinza azulado, eleminando por completo a eumelanina castanha e a fhaeomelanina. Estes últimos poderão apresentar-se unicamente em alguns exemplares das séries negras e Ágatas. O factor opala é um factor de refracção por excelência, pelo que na realidade deverá falar-se de ambos os factores (Opala e Refracção) modificarem a estrutura da pena.
* Negro Opala – Existem no Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. As características típicas são o de apresentarem um factor de redução melanica que só deverá influenciar o manto (penas principais e plumagem), deixando inalterada a característica fundamental dos negros, ou seja a completa oxidação das patas e do bico e manifestação máxima da melanina negra com tonalidade cinza azulada, desaparecendo quase por completo a estrutura fhaeomelanica, aparecendo o lipocromo de fundo extremamente luminoso, sub plumagem cinza pérola.

* Castanho Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. As características típicas destas aves são o de o factor opala provocar o quase desaparecimento total da estrutura melanina, tanto a fhaeomelanica como a eumelanica, devendo deixar evidentes ligeiras estrias castanhas sobre um fundo oculto. O bico, patas e unhas são de cor de pele.
* Ágata Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A sobreposição do factor opala na diluição do ágata, dá origem a um canário similar ao negro opala, mas mais diluído. As melaninas no dorso, cabeça e flancos permanecem intactos, isto é da mesma forma e tamanho do ágata clássico, mas com uma tonalidade de cinza pérola azulado. O lipocromo de fundo, por ausência da fhaeomelanina, deve ser muito luminoso. O bico, patas e unhas, são cor de pela, com a sub plumagem cor de cinza pérola azulado.
* Isabel Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do factor Marfim. Nestas aves o factor Opala provoca o desaparecimento quase total das estruturas melanicas ( fhaeomelanina e eumelanina castanha), fazendo parecer uma ave lipocromica, só algumas pessoas mais experientes serão capazes de distinguir alguns vestígios melanicos no manto e sub plumagem, somente nas remiges poderá adivinhar-se alguns vestígios de fhaeomelanina.
* TOPÁZIOS – Esta mutação teve origem em canários INOs, o que explica a fhaemelanina muito importante nestas aves. Esta mutação, contrariamente aos INOs, cuja melanina aparece na periferia das penas, nos castanhos e ágatas esta é praticamente inexistente. Estas aves apresentam uma melanina bem visível nos negros e ágatas, concentrando a eumelanina negra no centro das penas (Axe), foram denominados por canários de melaninas centrais. Os primeiros topázios a aparecerem tinham ainda bastante eumelanina castanha e fhaeomelanina, com o decorrer dos anos esta mutação veio cada vez mais a aperfeiçoar-se e hoje é das mutações mais belas, com contrastes bem definidos. Esta mutação caracteriza-se pela modificação na produção da eumelanina e por a concentração da mesma em redor do canal medular das penas, deixar aparecer largos contornos nas grandes penas. A presença do factor óptico favorece notavelmente os mosaicos, por terem um melhor contraste no desenho. Apesar destas aves quando nascem terem os olhos vermelhos com o decorrer dos dias estes vão ficando escuros.
* Negro Topázio - Esta mutação existe nas cores lipocromicas Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A eumelanina típica do negro topázio é de cor de negro chocolate (cor pele de castanha) e similar ao negro clássico, com presença mínima de phaeomelanina, permitindo um bom contraste e contornos claros nas remiges e rectrizes. Os flancos devem ser bem marcados. Olhos são negros. Na mutação topázio da série negra, chamo a atenção para a cor do bico, patas e unhas serem de cor de carne.
* Ágata Topázio – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. O desenho na cor das melaninas é antracite, mais claro que nos negros, com a presença de phaeomelanina o mais reduzida possível. Os contornos das grandes penas devem ser claros, amplos e largos, com os flancos bem marcados. O bico, patas e unhas são cor clara e os olhos são negros.
* Castanho e Isabel Topázio – Pela experiência que temos e por indicações da COM/OMJ, não nos permite actualmente estabelecer os Standards destas séries.
* EUMOS – A mutação Eumo caracteriza-se por uma redução da eumelanina negra nos negros e ágatas e da eumelanina castanha nas aves da série castanha, e ausência da fhaeomelanina de forma a permitir uma nítida cor de fundo. O desenho dos Eumos é idêntica à dos clássicos com melanina ligeiramente mais fina.
* Negro Eumo – A eumelanina deve ser negra com uma ligeira redução (negro-gris) e ausência da fhaeomelanina. Os flancos devem ter a presença de estrias de cor antrancite e desenho como os clássicos, um pouco menos larga. As remiges serão bem marcadas, o bico, patas e unhas são de cor clara e olhos avermelhados. Existem nas cores lipocromicas Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
* Castanho Eumo – A eumelanina é castanha com ausência da fhaeomelanina. Os flancos devem ser bem marcados com estrias castanhas e o desenho deve ser idêntico ao dos clássicos mas com estrias mais finas. As remiges devem ser bem marcadas, o bico, patas e unhas devem ser de cor clara. Os olhos são de cor avermelhados.
* Ágata Eumo – A eumelanina é negra um pouco reduzida de cor cinza, com ausência da fhaeomelanina, estrias bem marcadas nos flancos e desenho comum dos ágatas clássicos com melanina um pouco mais fina. As remiges bem marcadas, olhos, patas e bico de cor clara e olhos vermelhos.
* Isabel Eumo – Nesta série por falta de experiência não há possibilidades de estabelecer standard.
* ONIXES – A mutação ONIX, caracteriza-se por uma modificação da disposição da eumelanina no interior das penas, dando uma tonalidade as estrias mais marcadas e bem visíveis com o desenho dos clássicos. Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.
* Negro Ónix – Caracteriza-se pela ausência da fhaeomelanina, o desenho é idêntico aos dos clássicos com uma tonalidade ainda mais negra, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas devem ser o mais negro possível.
* Castanho Ónix – A ausência da fhaeomelanina deve ser visível, o desenho é idêntico à dos clássicos com uma tonalidade ainda acentuada, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas devem ter a cor de pele. Olhos negros.
* Ágata Ónix – A ausência da fhaeomelanina deve ser bem visível, o desenho é idêntico à dos ágatas clássicos com uma tonalidade de cor cinza bem acentuada, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas são de cor clara, e olhos negros.
* Isabel Ónix - Nesta série por falta de experiência não há possibilidades de estabelecer standard.
* JULGAMENTO DOS MELANICOS INOS
O factor INO é caracterizado pela inibição das melaninas negras, apresentando apenas as melaninas castanhas (Phaeo Melanina). Como todos os melanicos, os Inos são julgados por Tipo, Variedade e Categoria. O factor Ino afecta os Tipos das séries Negras, Castanha, Ágata e Isabel. Para os Ágatas e Isabeis, sofrem uma inibição quase total das melaninas, o julgamento será efectuado segundo critérios dos lipocromicos. Para os Negros e Castanhos as características típicas tendem em evoluir no mesmo sentido dos primeiros, subsistindo ainda algumas diferenças ao nível da pigmentação das remiges e das rectrizes. Por isso, os seus desenhos melanicos deverão exprimir um fenotipo cuja principal característica é ser o contraste observado entre as melaninas e a parte lipocromica. As características típicas dos Negros e Castanhos Inos são o de apresentar a melanina castanha sob a forma de escamação da testa às rectrizes, o peito será pigmentado com os os flancos, o bico e as patas são de cor clara e olhos rubis, aos quais chamamos PHAEOS. A perfeita escamação será o resultado de um bom equilíbrio entre uma pigmentação máxima e uma estrutura de pena adequada, permitindo a transferência dessa melanina da parte central para a periferia da pena (paheomelanina). O contraste torna-se evidente quando essa parte central é totalmente desguarnecida de melanina, contrariamente ao rebordo da pena, que apresenta a phaeomelanina.
* JULGAMENTO DOS MELANICOS SATINES
O factor Satiné, caracteriza-se pela inibição da melanina negra, deixando aparecer a melanina castanha ao nível do eixo central das penas (raquis) sob a forma de estrias a melanina castanha é ausente ao nível das inter-estrias, como todas as melaninas, os Satinés serão julgados por TIPO, Variedade e Categoria. Para as duas ultimas, reporta-se aos critérios de julgamento dos canários lipocromos mas com uma notação própria das melaninas. O factor Satiné só se exprime nos Ágatas e Isabeis, nos Ágatas geralmente não apresentam estrias, ao contrário os isabeis que apresentam estrias bem marcadas, existindo assim dois fénotipos de Satinés, sendo apenas os segundos reconhecidos pela COM.
CRITERIOS DE JULGAMENTO, RELATIVO À PLUMAGEM, TAMANHO, FORMA, PORTE E IMPRESSÃO.
* Plumagem – A ave tem que ter a plumagem completa, uniforme, lisa, concisa e sedosa. As penas devem recobrir-se, sobrepondo-se, com as remiges e retrizes completas e intactos.
* Tamanho – O tamanho no canário de cor, pode variar entre os 13 e 14 cm, devendo as aves muito pequenas ou muito grandes ser penalizadas.
* Forma - Uma ave excelente deve apresentar as condições seguintes:
* - Cabeça – Redonda e larga, bico curto e cónico, olhos brilhantes, vivos e dispostos na linha imaginária superior ao fecho do bico, pescoço atarracado e proporcionado em relação ao comprimento do corpo, com reforço da base de implantação no tronco.
* - Costas – Largas e cheias. Devem formar um único e harmonioso bloco com as asas que devem apoiar-se naturalmente e simetricamente sobre a base da cauda.
* - Peito – Arredondado sem ser muito pesado. Visto de frente, o peito aparece-nos largo e potente.
* - Tronco – Não muito gordo, nem magro e débil, deve ser harmonioso com o pescoço e cabeça, dando ao conjunto uma impressão de potência e ao mesmo tempo de elegância e beleza.
* - Cauda – Nem muito comprida, nem muito curta, de harmonizar-se com o comprimento do corpo. Não deve abrir-se demasiado na sua extremidade, devendo imitar o rabo de andorinha.
* - Membros inferiores – Robustos e sólidos com dedos fortes e bem seguros ao agarrar o poleiro.
* - Porte – Por porte entende-se a forma como a ave se apresenta na sua gaiola. Deve-se notar que muitas vezes a forma e o porte completam-se reciprocamente, influenciando-se um ao outro. Um canário cuja forma seja má, dificilmente tem um bom porte e vice-versa. Um excelente porte pode resumir-se em três palavras: Força, Vivacidade e Activo. Em estado de calma o canário deve apresentar a linha, corpo-cauda direita e continua e definir em relação ao poleiro um ângulo de aproximadamente 45º.
* - Impressão – Em relação a este termo, temos que considerar as condições de saúde e higiene da ave, como a soma de todos as outras rubricas, tendo em consideração no seu conjunto a sua unidade estética. Teremos com certeza uma excelente impressão duma ave, se para além da sua beleza, também se apresentar limpo e em perfeito estado de saúde. Temos de penalizar a presença de sujidade na cauda ou no corpo, saúde deficiente, lesões nas pernas ou nas patas. No entanto, não se deve prestar demasiada atenção a eventuais marcas de sujidade que podem ser causadas por gaiolas de exposição em mau estado higiénico ou sanitário.

Fonte: Ave Domestica

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