quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O CANÁRIO AMARELO











Já fui várias vezes questionado, quanto ao que deve ser fornecido na alimentação dos canários amarelos, para que os mesmos se tornem campeões em potencial, tanto em grau de pureza, quanto em teor quantitativo e uniformidade de distribuição.

Em todos os questionamentos, também perguntei ao criador, qual a maneira que estava usando para colorir seus pássaros.

Quando respondo então, que em minha opinião, a maioria dos criadores fornece a seus pássaros a quantidade e qualidade suficiente de carotenóides para obter uma boa coloração, e que o diferencial, portanto ainda é e sempre será a seleção genética, vejo nos olhos e nas expressões dos questionadores, que muito pouco consegui convencê-los.

Em razão disto resolvi então, escrever este artigo.

De onde vem o amarelo de nossos canários?

Ele vem da ação de carotenóides, que são absorvidos através da alimentação.

Esses carotenóides, são divididos em 2 grupos ou seja, o beta-caroteno e a luteina.

O beta-caroteno sofre no intestino delgado a ação da enzima caroteno dioxigenase e transforma-se em retinal e mais tarde em retinol (vit. A) e não é o responsável, portanto pela coloração das penas.

A luteina (carotenóide pertencente à classe das Xantofilas) passa por 4 etapas distintas e é a responsável pela coloração da plumagem:

1ª etapa: absorção pelo intestino delgado e transporte até o fígado.

2ª etapa: formação da matériaprima no fígado (lipocromo).

3ª etapa: lançamento do lipocromo na corrente sangüínea com conseqüente coloração da pele e depósito nesta, do excesso deste lipocromo.

4ª etapa: coloração das penas e plumas.

"Cada etapa acima descrita é controlada por um gene específico".

Esse gene específico terá sua ação exacerbada pelo uso da luteina em suas várias fontes(alpiste, ovo, espinafre, couve, brócolis, milho amarelo, ...) e de certos "aditivos" (lipotrópicos, espirulina, carophyl amarelo, ...),desde que usados numa dosagem adequada que conforme já expus acima, acredito que a imensa maioria dos criadores o faz.

Porém, o quanto vai ser exacerbada a ação deste ou destes genes específicos envolvidos nas quatro etapas, está diretamente relacionado ao seu potencial como gen, ou seja, ele que vai determinar a quantidade de luteina que vai ser absorvida, a qualidade do lipocromo que será formado, a quantidade que vai ser usada na coloração da plumagem e consequentemente o excesso que será armazenado no subcutâneo.

Se assim não fosse, todos os pássaros amarelos de um mesmo plantel, submetidos à mesma alimentação, no mesmo período de tempo, seriam idênticos em grau de pureza e teor quantitativo depois de terminado a muda, e sabidamente isto não acontece em nenhum plantel no mundo.

Além disto há relatos na literatura que existem genes que não participam das etapas de coloração, mas que interagem com estes e afetam a tonalidade do lipocromo.

Baseado no acima exposto e na minha experiência, cheguei à conclusão que o diferencial é e sempre será a seleção genética, e o que torna alguns criadores campeões e outros não, é a prioridade dada pelos primeiros à "seleção" enquanto os outros estão na constante busca de um alimento, "aditivo", ou outra coisa qualquer, que para eles, é o que pode operar milagres..

Fonte: Marcelo Castellano de Almeida - Juiz OBJO/FOB

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Como devo higienizar uma gaiola que comportou um pássaro doente?

Considerando que a doença que causa maior preocupação aos criadores é a Isosporose, e é de fácil contágio entre os indivíduos, devemos fazer uma higiene específica. Trata-se de um protozoário, que quando no estado de oocisto tem resistência aos desinfetantes domésticos. Porém, não resiste a uma temperatura superior a 60°C. Após lavar a gaiola com água e sabão, despeje água fervendo, que você terá uma higiene absoluta.

Autor: Edilson Guarnieri